Impactos socioambientais da poluição por óleo no Nordeste do Brasil são avaliados
Desde o início de setembro, manchas de petróleo começaram a aparecer na costa do Nordeste brasileiro. Mais de um mês depois, o material atinge aproximadamente 140 praias da região, em cerca de 60 municípios, e se estende por 2.000 Km.
A primeira preocupação do Estado brasileiro, exercendo as competências próprias de Estado costeiro, é avaliar e combater os danos ambientais. Já se sabe que se trata de um desastre por poluição sem precedentes no Brasil. A Petrobrás, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)estão trabalhando para a limpeza dos resíduos e informaram que já recolheram das praias brasileira mais de cem toneladas de borra de petróleo.
Isso não impede que já sejam identificados graves danos ambientais. Muitos animais marinhos têm sido encontrados cobertos por óleo, inclusive aqueles ameaçados de extinção, como o são as tartarugas marinhas. Por características físicas do litoral brasileiro, em algumas áreas, é praticamente impossível a remoção do óleo. Em manguezais, enseadas rochosas e recifes de corais, os danos podem ser irreparáveis. Nesses locais, os ecossistemas só se recuperarão após muitos anos.
No que concerne aos impactos sociais, os impactos já começam a ser sentidos, tendo em vista a importância do turismo para a economia local. Além disso, em boa parte dessas localidades, as populações dependem dos recursos marinhos para sua subsistência. Cabe ao Estado não apenas realizar as investigações de praxe para identificar, no âmbito interno e internacional, os eventuais responsáveis, mas agir para amparar minimizar os impactos socioambientais de tamanha tragédia.
Fontes
Notícia produzida por Carolinne Ferreira Viana, estagiária do IBDMAR.