Derramamento de 40 mil litros de petróleo preocupa o Chile
Um derramamento de aproximadamente 40 mil litros de petróleo atingiu a Ilha Guarello, região de Magalhães, extremo sul do Chile, no dia 27 de julho 2019, durante procedimento de transferência de combustível pela Companhia Siderurgia Huachipato (CAP Acero), pondo em risco o ecossistema marinho na região, que possui uma das águas mais limpas do planeta, o que fonte de grave preocupação por partes de autoridades e ambientalistas.
Sr. Matías Asun, diretor nacional do Greenpeace Chile observou que a as consequências do incidente podem ser devastadoras, vez que se trata de área de difícil acesso, com grande riqueza de mamíferos como baleias e golfinhos. Sr. Asun destaca também que o petróleo contém substancias altamente tóxicas, que ao ser lançado ao mar gera uma película sobre a água impedindo a entrada de luz e afetando de maneira direta o ecossistema marinho. Segundo o Greenpeace, o ocorrido pode trazer “consequências devastadoras”, na área.
A Autoridade Marítima do Chile destacou unidades para controlar e mitigar possíveis danos causados, instaurou procedimento administrativo de investigação e enviou um fiscal marítimo ad hoc para iniciar as diligências. O secretário de Meio Ambiente da Região de Magalhães, Sr. Eduardo Schiappacasse, afirmou que estão sendo realizadas as ações necessárias para minimizar os impactos ambientais e limpar a área em um curto espaço de tempo. Além do procedimento administrativo instaurado pela Marinha chilena, o Ministério Público do Chile afirmou que vai abrir inquérito investigativo, a fim de encaminhar posteriormente à Justiça a denúncia necessária à responsabilização cível e criminal dos envolvidos.
Por sua vez a CAP Acero, suspendeu temporariamente as operações na Ilha Guarello, informou que seguiu todos os protocolos estabelecidos para este tipo de incidente e que colocou à disposição das autoridades chilenas todas as informações necessárias para que seja possível esclarecer os fatos. Ainda, em comunicado de atualização, a empresa destacou o trabalho ininterrupto permitiu a recuperação de 21 mil litros que foram lançados ao mar, além de 8 mil litros que estavam na superfície da ilha e informou que como medida adicional, contratou uma empresa especializada para estabelecer um processo de monitoramento constante.
Notícia produzida por Mário Henrique da Rocha, estagiário do IBDMAR.