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13 julho 2019

Tensão entre Irã e Grã-Bretanha se intensifica no Estreito de Gibraltar e Hormuz

 

Semana passada, em 4 de julho, a pedido dos Estados Unidos, a Marinha Real e a polícia de Gibraltar apreenderam, em Águas Territoriais Britânicas de Gibraltar (BGTW, na sigla inglesa), o navio petroleiro “Grace 1”, realizando a detenção de seu capitão e comandante, ambos de nacionalidade indiana. O petroleiro navega sob bandeira do Panamá e é de propriedade de pessoa de Cingapura. O navio era suspeito de transportar dois milhões de barris de petróleo para a Síria, em violação das sanções da União Europeia (Regulamento 36/2012 do Conselho) a Damasco, de acordo com as autoridades britânicas. 

De acordo com a versão oficial, o capitão e o comandante da embarcação “Grace 1” foram ouvidos sob custódia da polícia e agentes aduaneiros. A ambos foi garantido o direito de representação jurídica e assistência consular e nenhum dos dois foi, por enquanto, punido. As investigações continuam. Por sua vez, o navio permanece detido em Gibraltar. 

Teerã reconheceu seus laços com o navio, mas negou que viajasse para a Síria. As autoridades iranianas criticaram a apreensão do petroleiro como “pirataria” e exigiram que fosse prontamente liberado. Washington acusou o Irã de estar por trás de ataques misteriosos contra dois petroleiros no Golfo de Omã, além de dois outros navios no Golfo Pérsico. Teerã negou as acusações e disse que a apreensão britânica não ficaria sem resposta. 

Em 8 de julho, divulgou-se notícia de que o navio petroleiro “British Heritage”, operado pela empresa British Petroleum e arvorando o pavilhão da Ilha de Man, havia cancelado uma viagem ao terminal de Basra, no Iraque, para evitar navegar perto da costa do Irã. Nesta quinta-feira (11), as tensões entre Teerã e Londres se intensificam após informação do Reino Unido de que três barcos de patrulha iranianos tentaram deter o petroleiro “British Heritage”, enquanto navegava pelo Estreito de Hormuz rumo ao Golfo Pérsico, considerada a principal rota de navegação entre o Oriente Médio e o Ocidente.

Segundo o governo britânico, a apreensão não ocorreu porque navio “HMS Montrose” da Marinha Real se posicionou entre as embarcações iranianas e o petroleiro. A informação foi expressamente negada pelo escritório de relações públicas do 5. Distrito da Marinha do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.

 

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