Mar do Sul da China: sonda submarina americana é devolvida pelos chineses
O Pentágono confirmou essa semana que a China devolveu a sonda submarina americana que havia capturado no Mar da China Meridional – conhecido também como Mar do Sul da China.
A sonda havia sido capturada há alguns dias atrás por um navio de bandeira chinesa, a uma distância de cerca de 50 milhas náuticas das Filipinas. Segundo Washington, ela era utilizada para monitorar a salinidade e a temperatura da água.
“Este incidente contradiz tanto a legislação internacional quanto os padrões internacionais de conduta entre navios no mar”, afirmou Peter Cook, secretário de imprensa do departamento de Defesa estadunidense.
O Ministério das Relações Exteriores chinês, através de sua porta-voz Hua Chunying, remarcou que a forma que o incidente foi resolvido demonstra que os dois países têm um canal de comunicação adequado. Chunying alertou Washington, entretanto, que a China é contra a realização de operações de reconhecimento em águas costeiras chinesas.
As acusações de Trump pelo Twitter
O governo chinês havia desmentido anteriormente acusações lançadas pelo presidente eleito americano Donald Trump através da rede social Twitter.
“China rouba drone de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos em águas internacionais – retira-o da água e leva-o para a China num ato ‘sem presidente'”, escreveu Trump em seu tweet – corrigido posteriormente – , que foi objeto de piadas devido ao erro cometido trocando a expressão “unprecedented” (sem precedentes) por “unpresidented” (sem presidente).
Horas depois, Trump acrescentou em outro tweet “Nós deveríamos dizer à China que não queremos de volta o drone que eles roubaram – eles podem ficar pra eles!”.
Os meios de comunicação chineses vêm expressando um profundo descontentamento com a postura assumida pelo futuro presidente.
O Global Times acusou o presidente eleito de “jogar mais lenha na fogueira”, zombando com o erro no tweet de Trump através de seu editorial entitulado: “‘Unpresidented’ Trump adds fuel to fire”.
Para o jornal China Daily, outro jornal de grande circulação na China, o erro de escrita foi encarado como o menor dos males: “O que é verdadeiramente surpreendente neste tuíte é que o próximo presidente dos Estados Unidos deformou os fatos completamente: isso é mais perigoso que divertido”.