OMI estabelece novos requisitos para navegação internacional
A Organização Marítima Internacional (OMI), organismo regulador da indústria de transporte marítimo, deu um importante passo em direção ao controle das emissões de gases de efeito estufa por embarcações internacionais com a adoção de novos requisitos obrigatórios.
Segundo as novas exigências da OMI, navios de arqueação bruta igual ou superior a 5.000 terão que coletar dados de consumo para cada tipo de combustível que usarem. A produção de gases estufa por essa categoria de navios corresponde a cerca de 85% do total produzido pela navegação internacional. Esses dados irão fornecer uma base sólida para a tomada de futuras decisões e medidas.
“O sistema de dados coletados irá equipar a OMI com dados concretos a fim de ajudá-la a tomar as decisões corretas, assim como aperfeiçoar suas credenciais como o melhor situado e competente fórum internacional de regulação de transporte marítimo”, afirmou o Secretário Geral da OMI, Kitack Lim.
As exigências foram adotadas pelo Comitê de Proteção do Ambiente Marinho (MEPC), da OMI, em seu 70º encontro, realizado de 24 a 28 de outubro em Londres. Lim ressaltou que os requisitos enviam um claro sinal ao mundo de que a OMI está pronta para aperfeiçoar as medidas técnicas e operacionais já existentes para a eficiência energética no transporte marítimo.
O trabalho do MEPC é uma forma de contribuição para o alcance do objetivo nº 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que estabelece que devem ser tomadas ações urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos. O Comitê também contribui em suas ações com o objetivo nº 14, que visa conservar e utilizar de modo sustentável os oceanos, mares, e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
“A OMI irá informar na próxima Conferência das Partes (COP22) à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que irá se reunir em Marrakesh, Marrocos, sobre o tangível progresso já feito, provando ao mundo que a OMI continua a liderar na elaboração de soluções para a redução de gases de efeito estufa pelo transporte marítimo”, afirmou Lim.
Em 2013, a OMI já havia adotado um índice de eficiência energética, que obriga a diminuição progressiva de emissões de gases de efeito estufa por carga transportada e distância percorrida pela embarcação. A meta é que até 2025 os novos navios construídos cheguem a ser 30% mais eficientes energeticamente que aqueles construídos em 2014.
Para maiores informações, acesse a matéria original no site da OMI: http://www.imo.org/en/MediaCentre/PressBriefings/Pages/28-MEPC-data-collection–.aspx